Cerimonial nos Municípios Pernambucanos



Ao entender o que é um cerimonial, logo vemos a necessidade e a obrigatoriedade por parte dos governos municipais de observarem as regras e as normas do cerimonial público nas instituições públicas municipais. Tenho andado por várias cidades interioranas e assistido a algumas solenidades. Seja um evento de caráter formal ou informal, o que presenciamos é um total despreparo e desinformação por parte daqueles que executam um cerimonial ou que estão à frente da organização de eventos.  Percebemos o problema nas instituições, desde a recepção na entrada de uma prefeitura até aos departamentos. Quando o assunto é um evento a ser organizado, a falta de conhecimento para o planejamento, já coloca em risco toda a execução, pois é exatamente na organização que todas as regras do cerimonial devem ser implantadas, para que no decorrer do evento, sejam evitadas as gafes e os dissabores. A aplicação do decreto federal 70.274, de 9 de março de 1972, prevê as regras e normas de cerimoniais públicos que são de grande importância e responsáveis pela imagem pessoal dos governantes e do seu governo. A forma como um chefe de poder, conduz a solenidade e apresenta seus convidados e autoridades locais para a população que os assiste, falará muito mais do que uma grande estrutura de um palco montado. O conhecimento e a valorização das regras do cerimonial público, dentro dos governos municipais, promoverão tanto a comunicação como a imagem do governo, pois é exatamente durante um evento que a imagem do governo é construída, utilizando-se das ferramentas necessárias para a organização.
Vários setores dentro das prefeituras estão envolvidos diretamente no planejamento e na organização de eventos, sejam elas, inaugurações, solenidades, agendas, eventos culturais, shows ou outros. Porém, existem dois setores que precisam estar sintonizados para que tudo aconteça de forma harmoniosa e planejada, promovendo com essa unidade a imagem do prefeito, que são as chefias de gabinete e de governo. Não pode haver ruídos na comunicação entre esses dois departamentos, como também com as demais, no entanto essas duas chefias são de fundamental importância, por estarem diretamente ligadas ao poder executivo e devem ser as responsáveis pelo cerimonial. Se a comunicação interna de uma instituição estiver falha, com jogos de interesses e formações de subgrupos, não haverá comunicação eficaz com o público alvo e todo o planejamento e organização de um evento não irá acontecer.
O cerimonial é algo formal.  Tratando-se de autoridades, até as informalidades devem ser formalizadas, para que a figura do governo não seja exposta de maneira banal.  Estamos entrando num ano eleitoral e sabemos que a comunicação de um governo deve ser contínua desde a campanha, não só apenas no período eleitoreiro, já que ela não fica apenas nas eleições, mas ela dever ser dirigidas também aos gabinetes, secretarias e ser exposta de forma transparente à população. Por isso em todo e qualquer ato público, oficial ou não, a comunicação deverá ser feita de forma planejada, organizada e sistemática, evitando o improviso, usando de todos os meios de divulgação disponíveis, promovendo a socialização das informações no período que antecede o evento. Seja qual for a festividade, o cerimonial responsável pelo evento, deverá conduzir a solenidade respeitando todos os critérios a serem obedecidos desde a ordem de precedência das autoridades, composição de mesas, honras, sinais de respeito durante a execução do hino nacional, normas protocolares e etiqueta.
Sabemos que em todas as instituições públicas os conflitos de interesse são dos mais variados, mas cabe ao governante, posicionar-se como figura padrão e atentar para as necessidades essenciais para que o seu governo flua de forma positiva, não tratando a população como um povo alheio e desconhecedor, pois estamos na era da informação e da busca pela excelência, isso exige cumprimentos de certas formalidades que já foram constituídas e precisam ser observadas, que são elas: A importância do conhecimento e aplicação das normas do Cerimonial.
Um beijo coração.
Yara Silva Cerimonialista

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