quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A importância da postura no mundo globalizado

Há pessoas incapazes de falar em tom civilizado. Fiz uma viagem de avião, muito longa, e conheci todos os problemas das duas amigas sentadas no banco de trás. Relacionamento com os pais, o namorado da mãe, o próprio “ficante” e outros detalhes sobre os quais não tinha o menor interesse. Quando o assunto esquentava, uma boa gargalhada acordava quem tenta cochilar.

Outro dia o problema foi no elevador, onde uma senhora conversava ao celular. Todos os passageiros ficaram cientes de sua briga com a filha, da vizinha que deu em cima de seu marido, da receita do filet..... O celular virou uma praga; e o Nextel, então? Tornou-se normal expor a vida íntima em voz alta na frente de qualquer um. E eu só desceria no vigésimo andar! Constrangida, fingia não ouvir. Foi um alívio descer. O pior é que o celular é essencial à vida moderna; não dá para viver sem ele. Mas daí a expor sua vida... convenhamos.

Em certos restaurantes, jantar fora virou um problema, também. Quando não é a música alta, mas tão alta, que não ouvimos nosso acompanhante, são os clientes ao lado, contando fatos e fofocas; pior são as fofocas que logo se tornam boatos. Problemas da má comunicação. As pessoas vão aos restaurantes para se divertir e não existe motivo para obrigá-las a diminuir o tom da voz. O ideal é ouvir quem está na sua frente, jamais o cliente do outro lado do salão, mas o que fazer?

Ainda, os restaurantes. Quem já não se sentou ao lado de mesas com crianças? E olhe que gosto de crianças; tenho filhos e netos. Outro dia, sentei com meu marido em uma mesa e ao lado dois anjinhos, loirinhos, olhinhos azuis, tão lindos. Sorri para eles e... que arrependimento! Aos berros, o menorzinho gritou:

- Mãe, a moça aí fez careta para mim! E começou a chorar bem alto. Só tentei sorrir e tive que agüentar um olhar fulminante da mamãe.

Logo as crianças estavam donas dos pais; berravam, pediam de tudo, exigiam. E os pais sorriam. Um deles aproveitou o momento do sorriso paternal e jogou um “sapatinho” (era um tênis) na nossa mesa. Logicamente, caiu sobre os pratos, como o pão com manteiga que cai sempre virado para baixo (ainda preciso descobrir o porquê). Os pais agiam como se todo o restaurante fosse obrigado a suportá-los. No máximo, a mãe pedia em voz tímida: - Quietinho! E a criança, aos gritos: - Mas eu quero, eu quero!

Em cinemas e teatros, então, nem se fale. E quando os celulares tocam durante a peça? Não adiantam pedidos para que os aparelhos sejam desligados. Nos cinemas, os comentários sobre os filmes são terríveis e sempre altos. E aquela pessoa que já assistiu ao filme e resolve narrar o que vai acontecer? Cadê o bom senso? Shhhh... shhh. Não adianta. No fim, os pedidos de silêncio fazem mais ruído que as vozes. É melhor ir embora e assistir a outro filme; afinal, agora já conheço o final.

E quem fala e ri alto em velório? Não nego que os velórios, com esta vida corrida que levamos, são ocasiões nas quais encontramos amigos e parentes que não vemos há anos. Dá uma vontade de colocar o assunto em dia! Mas, para quem está arrasado pela perda é horrível. E Missa de Sétimo Dia? Outro dia, na missa do pai de um amigo, vi duas pessoas alegres por se encontrarem. – Como você está linda! Que bolsa maravilhosa! Marc Jacobs? A minha é a tradicional Hermés. Adoro e não resisto a uma nova coleção!

Encantada, fiquei sabendo dos últimos lançamentos das grandes marcas, preços, liquidações... Quando percebi, a missa tinha acabado, mas eu estava bem informada sobre moda.

Essa atitude é um desrespeito a outra pessoa, aos colegas, amigos, a quem divide com você o mesmo espaço e tenta conversar, ler, meditar, assistir a um filme ou a uma peça em paz. Cultivar o tom de voz é uma qualidade que muita gente esqueceu.

Fonte: Gilda Fleury Meirelles

Nada mais natural


A culpa é sempre do Cerimonial. Nada mais natural. O cerimonialista que nunca ouviu isto que atire a primeira nominata. Estranho é encontrar um exemplo desta culpa constante em uma história infantil cujas origens vêm do século XVII. Trata-se de uma das versões do clássico conto de fadas “A Bela Adormecida”.

A narrativa começa com um evento: o batizado da princesa recém-nascida. Como todo evento, em sua fase de preparação foi feita uma lista de convidados. Então, ocorre de o Mestre de Cerimônias esquecer de incluir na lista uma autoridade, aliás, pior que isto, ele deixa de colocar o nome de uma fada que, revoltada com o esquecimento, vai ao batizado e lança uma maldição sobre a princesa. Resultado: o erro do cerimonialista faz com que a princesa e todo seu reino caiam em sono profundo por um século. São 100 anos de sono e solidão, até que o célebre príncipe encantado chegue, beije a moça e com ela são felizes para sempre.

Ou seja, muito antes dos norte americanos jogarem duas bombas atômicas no Japão, antes dos alemães invadirem a Polônia e até mesmo da Revolução Francesa guilhotinar seu Rei, a culpa já era do Cerimonial. Nada mais natural.


Fonte: Marcus Bessa | Assessoria do Cerimonial da Presidência do TJDFT

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dia da Saudade


                                           
                                                Sentimento de melancolia, perda, sofrimento

No dia 30 de janeiro é comemorado o dia da saudade, essa palavra existe apenas na língua portuguesa e galega e serve para definir o sentimento de falta de alguém ou de algum lugar.

De origem latina, saudade é uma transformação da palavra solidão, que na língua escreve-se “solitatem”. Com o passar dos anos, assim como outras palavras se transformam de acordo com as variações da pronúncia, solitatem passou a ser solidade, depois soldade e, finalmente, saudade.

Podemos considerar que no dia da saudade as pessoas se dedicam às lembranças de seus entes queridos que estão ausentes, de fatos que viveram ou de lugares e objetos que marcaram suas vidas. Isso faz com que a palavra saudade se torne melancólica, trazendo certo sofrimento.

Saudade é também definida como “a sensação de incompletude, ligada à privação de pessoas, lugares, experiências, prazeres já vividos e vistos, que ainda são um bem desejável”, segundo o dicionário Veja Larousse.

Em outras línguas não existe uma palavra capaz de traduzir o significado amplo de saudade, mas algumas delas trazem conceitos próximos, mas não tão nobres. Em inglês, saudade é “I miss you” que quer dizer sinto sua falta; em Francês “souvenir”, que significa lembrança; em italiano “ricordo affetuoso”, recordação afetuosa; em espanhol “recuerdo ou te extraño mucho, que significam lembrança e sinto falta, respectivamente.

Ao longo da história podemos perceber a saudade nas músicas e nos poemas, desde longos anos. Charlie Chaplin diz: “Sorri quando a dor te torturar

e a saudade atormentar os teus dias tristonhos vazios”; Luis Fernando Veríssimo determina que “não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar”; Vinícius de Moraes e Tom Jobim cantaram a saudade dizendo: “Chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai”.

Os sertanejos também retratam muito a saudade, pois deixam o campo para trabalhar na cidade. Chitãozinho e Xororó falaram da saudade retratando que “por nossa senhora, meu sertão querido, vivo arrependido por ter deixado. Esta nova vida aqui na cidade, de tanta saudade, eu tenho chorado”.

E o rock não podia deixar de se manifestar sobre o tão nobre sentimento. Raul Seixas registrou sua expressão na letra que diz “hoje é feriado, é o dia da saudade, hoje não tem aula pra garotada, velhas de varizes na calçada, só na saudade”.

Fonte: Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Congresso tem bandeira a meio mastro






Um dia depois da tragédia ocorrida em Santa Maria (RS), as bandeiras do Brasil e do Mercosul foram içadas a meio mastro diante do Congresso Nacional nesta segunda-feira (28). O Poder Legislativo atendeu, desta forma, ao luto oficial de três dias decretado pela presidente Dilma Rousseff, em homenagem aos 231 mortos durante incêndio ocorrido em um clube noturno localizado na cidade gaúcha.

O decreto de luto oficial foi publicado no Diário Oficial da União. Durante o período de luto, as bandeiras devem ser hasteadas a meio mastro em todas as repartições públicas do país.

Fonte: Agência Senado

domingo, 27 de janeiro de 2013

Professor Marcelo Pinheiro apresenta as tendências do setor de eventos para 2013. Papa e Copa da Confederações são alguns dos destaques da matéria.

“dois mil e treze” já iniciaria com letras minúsculas! Afinal, entraria em vigor, obrigatoriamente, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em 1º de janeiro - grafado dessa maneira quando tratar-se do primeiro dia do mês - do ano novo, não fosse o Decreto Presidencial nº 7.875, de 27 de dezembro de 2012 que prorrogou para 2016 a obrigatoriedade do uso.Entretanto, um dia solene para se grafar com letras maiúsculas, como recomenda o Acordo, em se tratando de nomes de eventos, pelas Solenidades de Posse e Transmissão de Cargos de 5.540 prefeitos, somadas as Posses de 57.234 vereadores, que acontecem em todo o País, simultaneamente, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aliás, 2013 enfrenta a máxima de que “política, futebol e religião não se discutem”. Superadas as investiduras municipais, o Brasil se prepara para sediar a Copa das Confederações da FIFA, de 15 a 30 de junho, mobilizando o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Brasília e Salvador. 
E por falar em Rio de aneiro, um mês depois, de 23 a 28 de julho, a Praia de Copacabana recebe jovens católicos de todo o mundo para a Jornada Mundial da Juventude, que traz Bento XVI ao Brasil. Uma ótima ideia, coincidentemente ou não, para marcar o Ano “Alemanha + Brasil 2013-2014”, regado pela melhor cerveja produzida por lá, e que até Sua Santidade reverencia – com a devida moderação – transpondo a apreciação da nossa paixão nacional mais para o sacro do que para o seu antônimo. Futebol...Cerveja...Rio de Janeiro... e 2013 pede um som pra embalar essas inspirações. 

Tem o tom da bossa nova, para marcar o centenário de nascimento de Vinícius de Moraes, que será amplamente celebrado, desde o Carnaval, objeto de enredo da União da Ilha do Governador e da Unidos da Tijuca, no Rio, e da Unidos do Tucuruvi, em São Paulo; Tem o mais erudito, com o centenário de nascimento de Giuseppe Verdi; Tem o ritmo da floresta com a toada do centenário dos bois garantido e caprichoso, em Parintins (AM); e tem ainda o Rock in Rio, em setembro, que desembarca na Cidade Maravilhosa em sua quinta edição.Mas se o seu estilo for literário o ano novo traz o centenário digno de grandes literatos: Rubem Braga, um dos maiores cronistas brasileiros de todos os tempos, e Campos Salles, que terá celebrado o centenário de sua morte, como o Presidente que ganhou as eleições da época com 420.286 votos contra 38.929 votos do seu principal oponente Lauro Sodré.

A Organização das Nações Unidas (ONU), por sua vez, institui 2013 como o Ano Internacional da Água e da Quinoa, “[...] o único alimento vegetal que tem todos os aminoácidos essenciais, microminerais e vitaminas para a vida, e sem glúten. Um verdadeiro tesouro latinoamericano para todo o mundo [...]”, segundo o diretor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e 
Alimentação.vE da LatinoAmérica passamos para a instituição do Ano IberoAmericano para a inclusão de deficientes.

Um ano, portanto, para se encher de esperança, como a cor que a representa: o verde! Afinal, 2013 é o ano do VerdeEsmeralda, segundo a definição anual da Pantone, que vai ditar as tendências para muitos 
setores que buscam inspiração na cor! Inspire-se, também, e Bem-Vindo, com hífen é claro, ao Ano Novo!

Fonte: Portal do Cerimonial

sábado, 26 de janeiro de 2013

Cabral aprova lei da moral e dos bons costumes

O nome é pomposo e, pela extensão e conteúdo que sugere, vai exigir um esforço sem precedentes do governo do Rio: “Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais”. Sancionado na quinta-feira pelo governador Sérgio Cabral, o projeto de lei, de autoria da deputada Myrian Rios (PSD), tem a finalidade “promover o resgate da cidadania, o fortalecimento das relações humanas e a valorização da família, da escola e da comunidade como um todo”. Explicação muito genérica?

A deputada dá uma dica na justificativa do projeto: “infelizmente, a sociedade de uma maneira geral vem cada dia mais se desvencilhando dos valores morais, sociais, éticos e espirituais (...) Sem esse tipo de valor, tudo é permitido, se perde o conceito do bom e ruim, do certo e errado. Perde-se o critério do que se pode e deve fazer ou o que não se pode”. Para disseminar o que é certo e errado, a nova lei determina que o governo do estado deve fazer convênios e parcerias “articuladas e significativas” com prefeituras e sociedade civil.

Procurado, o governador deixou que a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos a missão de explicar como aplicará o programa, já que o órgão é quem deve pôr em prática nova lei. Mas até mesmo o secretário Zaqueu Teixeira (PT) foi pego de surpresa. Teixeira informou que terá ainda que discutir como regulamentar a lei, definindo quais serão os projetos para o “fortalecimento das relações humanas”.

Myrian Rios foi eleita em 2010 pelo PDT, depois foi para o PSD, hoje partido da base do governo. A ex-atriz e missionária já se envolveu numa polêmica em 2011 ao insinuar num discurso na Alerj haver semelhanças entre a pedofilia e a homossexualidade. Na época, disse que foi mal interpretada e pediu desculpas.



Fonte: Jornal O Globo
FÁBIO VASCONCELLOS




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CERIMONIAL, TRANQÜILIDADE E PRODUÇÃO

Cerimonial na ótica das Relações Públicas

Acontece freqüentemente conosco. Estamos perturbados. Temos problemas. Ou nos falta o dinheiro para o tratamento do filho ou não estamos seguros de que ele está recebendo o melhor. Não estamos podendo dar em casa aquele conforto mínimo que a família necessita. Vivemos em lugar inseguro ou insalubre.
Certamente com problemas dessa natureza ou ainda muitos outros que a vida nos separa não podemos nos concentrar no trabalho . Não conseguimos realizar nossa parte em um grupo, na quantidade e na qualidade que os nossos chefes necessitam.
Em um livro de A. Aurieres e A. Antonietti, "Le service du retaurant" cuja área o próprio título define, encontramos a certa altura, quando os autores inumeravam requisitos para formar e manter uma brigada de garçons uma recomendação elemento dessa brigada que comparecesse ao serviço demonstrando ter para problemas em casa, fora do serviço deveriam ser imediatamente dispensados. Sabemos que embora não comunique expressamente, nossa postura, nosso gestos, externam os problemas quando os temos. É preciso muito treino para que isso assim ocorra.
Nessas circunstâncias a situação se agrava pois nosso cérebro fica embotado e nossa capacidade de trabalho sensivelmente reduzida.
O livro em questão foi escrito na primeira metade do século passado.
As considerações não eram decorrentes de pressão da globalização.
Os autores nada mais estavam fazendo do que se submeter a princípios práticos da racionalização.
Já no século XIX Taylor, Faiol, cada um isoladamente merece o aparecimento da máquina a vapor procuram dar ao trabalho individual e ao de grupo, uma fluidez, uma seqüência que garantisse sempre uma produção maior e compensadora.
Nesse contexto situava-se a tranqüilidade e os inconvenientes de o trabalhador ter problemas e ansiedades. Tal coisa comprometeria seriamente a produção e conseqüentemente o lucro. Os problemas passaram a ser não só do trabalho mas também do patrão e do empresário.
Na ocasião desenvolviam-se os princípios de uma atividade que mais tarde receberia a seguinte definição:

"RELAÇÕES PÚBLICAS É A ATIVIDADE, O ESFORÇO DELIBERADO, PLANIFICADO E CONTÍNUO PARA ESTABELECER E MANTER COMPREENSÃO MÚTUA ENTRE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA OU PRIVADA E OS GRUPOS E PESSOAS A QUE ESTEJA DIRETA OU INDIRETAMENTE LIGADA."

Essa atividade se encaixa com absoluta exatidão nos objetivos do trabalho racionalizado a procura de produção e maiores lucros. Teria seu lugar assegurado nesse contexto. Teria com a entrada do século XXI a sua imprescindibilidade assegurada mercê o rolo compressor da globalização e tem como justificativa, produção e lucro.
Relações Públicas procura na essência conhecer "públicos e pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada" as expectativas a fim de satisfaze-las ou dizer por que não as atende, para que o lucro não seja comprometido. Deseja para si alcançar a aceitação, a tranqüilidade na comunidade onde atua e mesmo em todo contexto.
Para chegar a isso precisa conhecer as expectativas. Há necessidade de uma demos cópias. O caminho inicial está remover as barreiras da comunicação. Há que se preencher primeiramente os requisitos do Protocolo "comunicar o respeito que espera e dizer ao outro, indivíduo ou grupo o respeito que lhe dispensa". Certamente estamos nos referindo aos espaços de cada um não nos referimos a espaço físico, mas sim ao espaço sócio-cultural e psico-emocional.
Quando no convívio, sabemos dizer do respeito ao outro preenchidos os requisitos do cerimonial, do protocolo e aí temos o caminho para conhecer as expectativas, os anseios individuais ou coletivos.
Estaremos exercitando a atividade de relações públicas.
Ao ensejo deste assunto, talvez com muita nostalgia, nos recordamos de um relato de José Roberto Whitaker Penteado feito em uma das reuniões que antecederam a função da Associação Brasileira de Relações Públicas.
Nos contou esse colega que a montadora DKW-VEMAG estava com problemas na linha de montagem dos carros.
Toda segunda-feira a produção de carros era sensivelmente menor. Chamado como profissional de relações públicas, constatou que a produção decrescia em razão dos resultados dos jogos de futebol do Domingo. Na linha de montagem estavam torcedores de vários times, perdedores e vencedores. Em decorrência havia um clima de má vontade entre os mesmos. Redistribuídos e qualifica por time que torciam voltou a produção ao normal. Fora diagnosticada a razão do mal estar e da intranqüilidade.
Cerimonial foi porta de entrada. Todos foram tratados com respeito. Relações públicas adentrou e diagnosticou as razões psico-emocionais.


Fonte: Nelson Speers
Assessor e Consultor para assuntos de RR.PP e Cerimonial.


O CERIMONIAL E A RACIONALIZAÇÃO

Sempre que inicio um artigo defino meu conceito de Cerimonial. Para mim Cerimonial é a normatização de respeito recíproco de convívio do homem em sociedade.
A manifestação do respeito se apóia na comunicação. Através de inúmeros recursos posso dizer ao outro como sou, quem sou e com este recurso estou deliberando a minha expectativa de respeito. Também com uma gama enorme de recursos comunico ao outro o respeito que lhe dispenso. 
Um dos recursos que dispomos para delinear nosso espaço para comunicar nossa expectativa de respeito é promover dentro do contexto um evento. Esse evento certamente se revestirá de características que dirão nosso status, nosso traquejo social e nossa cultura. Os eventos deslocam pessoas, acomodam pessoas, alimentam pessoas, acolhem pessoas. Tudo isso implica em acertos. Não pode, não deve haver erro nesses propósitos. Tudo isso tem que funcionar perfeitamente. Uma falha de nossa parte nos desvaloriza. Aqueles a quem estamos querendo comunicar nosso espaço e são alvos de nossas pretensões de respeito se sentirão desrespeitados. Não lhe é dado aquilo que se esperam. Tornam-se frustrados. 
Essa necessidade dos nossos propósitos de oferecer ao outro as condições, serviços e participações que espera preocupou o homem nos mínimos detalhes a partir de um passado relativamente remoto. Encontramos exemplo disso na arrumação de uma mesa para refeição. A faca deve sempre ter o corte voltado para o prato. Perguntar-se-á por que? Respondemos. Nosso conviva, o comensal que estamos recebendo deve sentir que reconhecemos sua importância, não queremos que despenda esforço inútil. A faca que colocamos em seu lugar, a mesa, com o corte voltado para o prato para que não seja necessário o movimento de gira-la fique e fique em posição de ser usada. Seja isso na arrumação informal, semi-formal ou formal. Estejamos nos usando a arrumação estilo, francês, inglês ou americano, a faca sempre será colocada à mesa com o corte voltado para o prato. 
Imagine o leitor, uma situação diferente, ser convidado a vender seus livros na livraria de um congresso. Receber para tanto um complicado regulamento com quase uma vintena de itens. Itens divididos para serem atendidos em três ou quatro momentos distintos em lugar de lhe ser oferecido um formulário adequado para que preenchesse os requisitos em uma só vez. Acredito que o leitor se sentiria desprestigiado. O congresso em vez de marcar pontos positivos no respeito ao participante teve resultado contrário. 
Esse assunto lembra o inicio de minha carreira. A essa época sabia que estava atuante no campo pouco divulgado das relações públicas. Com leitura de dois ou três livros me enfronhei em seus meandros. Achei que para o momento era o suficiente. Nessa área eu era chamado a intervir em recepções de visitantes, posses, transmissões de cargos, homenagens, inaugurações, colações de grau, funerais, etc... Em todas essas situações havia alternativas de seqüência, alternativas de deslocação, alternativas de atos. Para a escolha certa entendi que me faltavam conhecimentos de racionalização. Durante alguns anos dei preferência a leituras, conferências e seminários que desenvolviam em torno desse tema. Conseguia assim realizar um trabalho onde a eficácia era uma comunicação de respeito ao participante e dava a Universidade de São Paulo, onde eu atuava, um nível compatível com seu status. 
A racionalização, além de intervir no cerimonial, como acabamos de descrever atua também na área das relações públicas. Ela é a motivação de através da aproximação proporcionada pelo cerimonial conhecer as expectativas dos públicos de um empreendimento, viabilizando proporcionar a esses a estabilidade emocional indispensável para o rendimento pleno do trabalho do indivíduo, seja como componente de um grupo ou um público. 
A racionalização está integralmente envolvida na atividade de convívio do homem. É instrumento do cerimonial, é motivação das relações públicas. 

Fonte: Nelson Speers 
Assessor e Consultor para assuntos de RR.PP e Cerimonial.

Cerimonial e Protocolo


O homem é o único animal que faz cerimônias. Não, não digo ‘fazer cerimônias’ no sentido de sermos excessivamente indiretos ou hesitantes. Quero dizer que somos a única espécie que compreende, concebe, realiza e obedece a padrões de formalidades com o objetivo de comunicar, celebrar, tornar válido ou dar importância a um ato. Ou seja, fazer Cerimonial é uma singularidade humana. Nem entre os chamados animais sociais, como os símios e os cetáceos, isso acontece. Esta exclusividade indica que o Cerimonial está ligado a uma vida social altamente desenvolvida.

Outro fato que corrobora esta idéia é o de que o Cerimonial levou tempo para surgir na forma que tem hoje. À medida que a sociedade humana evoluiu, foi ocorrendo uma crescente diferenciação entre as pessoas e seus papeis na coletividade, uma hierarquia mais segmentada, uma rede de relações sociais mais refinada. Reinos, estados, nações, órgãos, cargos e empresas foram tornando a sociedade mais complexa. Essa complexidade exigiu regras para organizar e facilitar o convívio e a interação, evitando conflitos desnecessários. A disputa pelo poder e a afirmação pessoal cederam a um conjunto de normas aceitas em comum acordo por todos. A esse conjunto de normas dá-se o nome de Protocolo, que é um dos principais elementos do Cerimonial. Assim, a barbárie e a lei do mais forte foram domesticadas e formalizadas tornando possível até mesmo o encontro e o diálogo entre inimigos.

Entretanto, os profissionais do ramo sabem que, infelizmente, não é raro que o Protocolo seja desrespeitado. Algumas autoridades abusam do poder que têm. A vaidade e os caprichos pessoais se sobrepõem à ordem, o que exige dos cerimonialistas muito jogo de cintura e paciência. Sinal da imperfeição humana, seja a ignorância ou a vaidade, ou as duas juntas, a quebra de Protocolo também é um retrocesso na evolução das relações sociais. Devemos sempre tentar evitá-la ou minimizar ao máximo seus efeitos.

O caminho do aprimoramento das relações humanas passa obrigatoriamente pela valorização do Cerimonial e respeito ao Protocolo. Pois ambos estão relacionados a uma vida social desenvolvida e são imprescindíveis à organização dos encontros e diminuição dos conflitos.

'Quebra de Protocolo'

Falamos aqui de quebra de protocolo em uma perspectiva estritamente técnica, mas esta expressão ganhou, graças à imprensa, um significado novo. É comum ouvir jornalistas dizerem que alguém ‘quebrou o protocolo’, na realidade, querem dizer que ela fez algo que estava fora do roteiro do Cerimonial. O ex-presidente Lula, por exemplo, do ponto de vista dos veículos de comunicação, já ‘quebrou o protocolo’ várias vezes. A última ocasião foi em sua despedida do Palácio do Planalto. Antes de entrar no carro que o conduziria à base aérea, Lula atravessou a rua, aproximou-se da grade de segurança, conversou e cumprimentou populares. Neste caso não se tratava nem de quebra de roteiro de Cerimonial, pois o ex-presidente não estava em uma cerimônia, muito menos de ‘quebra de protocolo’

Fonte: Marcus Bessa | Assessoria do Cerimonial da Presidência do TJDFT

Voltando ao trabalho!

Estamos retornando as nossas atividades, após um período de férias e esperamos que em 2013 possamos fazer parte novamente da sua história e de seus momentos especiais! A nossa página e o nosso blog terão muitos mais assuntos e novidades. Desejamos a todos os nossos amigos, membros, seguidores e leitores, que esse ano, seja um ano de muitas realizações!

Um beijo no coração,

Yara Silva