quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Bento XVI se despede hoje do pontificado

Brasília – O papa Bento XVI, de 85 anos, deixa hoje (28) às 20h (16h em Brasília) o pontificado, depois de quase oito anos. A partir desse horário começa o chamado o período de sé vacante (sem papa). Ao longo do dia, Bento XVI tem uma série de atividades, mas não está programada solenidade pública. Ontem (27) foi a última vez que ele participou de uma audiência geral, circulou no papamóvel, acenou para os fiéis, beijou crianças e enviou mensagem justificando a renúncia.

“Dei esse passo em plena consciência da sua gravidade e novidade”, ressaltou o papa, sendo aplaudido de pé por cardeais e bispos, além do público presente à Praça São Pedro.“Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou.

Na manhã de hoje, Bento XVI participa de uma cerimônia de despedida com os cardeais em uma sala do Palácio Apostólico, sua residência oficial. Dos cinco cardeais brasileiros que participarão do conclave (quando se elege o sucessor de Bento XVI), alguns já estão no Vaticano.

Às 15h, o papa deixará o Palácio Apostólico em um helicóptero em direção a Castel Gandolfo, que é a residência de verão dos papas, localizada a cerca de 30 quilômetros do Vaticano. Em maio, provavelmente, quando a reforma estiver concluída, Bento XVI passará a morar no Mosteiro Mater Ecclesia, na região do Vaticano.

Na última audiência geral como papa, Bento XVI disse que suas “forças tinham diminuído” nos últimos meses. Acrescentou que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou. O papa pediu ainda que sejam feitas orações para o seu sucessor e os cardeais que participarão do conclave, quando será escolhido o próximo pontífice.

Bento XVI foi um dos cardeais mais velhos eleito papa e assumiu o pontificado em 19 de abril de 2005, sucedendo a João Paulo II, que esteve no comando da Igreja Católica Apostólica Romana por 31 anos. Ontem, ele reconheceu que ao ser escolhido papa sentiu um “peso sobre os ombros”. Na ocasião, contou ter feito a seguinte oração: “Senhor, por que me pedes isso? É um peso grande sobre os ombros, aceitarei apesar de todas as minhas fraquezas”.




Fonte: Agência Brasil

Dilma envia mensagem ao papa Bento XVI manifestando respeito à decisão de renunciar

Brasília - No último dia de Bento XVI como papa a presidenta Dilma Rousseff enviou hoje (28) mensagem de respeito à decisão de renúncia e destacou a realização da Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro, assim como a visita que ele fez ao Brasil, em 2007. A nota da presidenta tem oito linhas e foi divulgada no começo desta manhã.

“Ao findar seu papado, manifesto o meu respeito pela decisão de Vossa Santidade de renunciar à Cátedra de São Pedro”, diz a mensagem da presidenta. “Desejo que essa nova fase de recolhimento o encontre com saúde e paz”, completa o texto, que pode ser lido na íntegra no blog do Palácio do Planalto.

Em seguida, Dilma destaca na mensagem boa relação do Brasil com a Santa Sé. “Na oportunidade, recordo os gestos de apreço com que o meu país foi distinguido nesses últimos anos. São marcos históricos no relacionamento entre a Santa Sé e o Brasil.”

Ela ressaltou a escolha de Aparecida do Norte para sediar a 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano (Celam), em 2007, que trouxe Bento XVI ao Brasil. A presidenta também lembrou a canonização de Antonio Galvão de França, o frei Galvão.

“[A visita do papa ao Brasil ensejou] a canonização do primeiro Santo brasileiro, Dom Antonio Galvão de França, assim como a histórica decisão de realizar a Jornada Mundial da Juventude na cidade do Rio de Janeiro”, frisou.

Bento XVI, de 85 anos, deixa hoje a partir das 20h (16h de Brasília) o pontificado, depois de quase oito anos. A partir deste horário começa o chamado o período de sede vacante (sem papa). Ao longo do dia, ele tem uma série de atividades.

Não está programada solenidade pública. Ontem (27), foi a última vez que Bento XVI participou de uma audiência geral, circulou no papamóvel, acenou para os fiéis, beijou crianças e enviou mensagem, justificando a renúncia.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A importância do Cerimonial na renúncia do Papa



Como simples expectadora, acompanhando as notícias na mídia sobre a renúncia do Papa, observo uma nuvem de fumaça por trás da decisão do Santo Padre, mas também vejo a coragem de um homem em fazer a história acontecer. Por motivos concretos ou não, alguns sendo revelados entrelinhas, o seu caráter e posicionamento irão repercutir por muitos e muitos anos nos fatos históricos da Igreja Católica. Uma decisão rara, após 600 anos, mas prevista no Código de Direito Canônico, no artigo 332.2 e que já teve seus precursores, como a história mesmo relata a decisão do último pontífice Celestino V que renunciou por vontade própria, em 1294, após cinco meses de pontificado. Gregório XII abdicou a contragosto em 1415 para encerrar uma disputa com um candidato rival à Santa Sé. Outros papas que renunciaram são Ponciano, em 235; Silvério, em 537; João XVIII, em 1009; e Bento IX, em 1045. Como cerimonialista assisto o fato acontecer e um dos cerimoniais mais rigorosos e trabalhosos, devido a influência da Igreja Católica na história, está sendo organizado, nos mostrando a importância das regras e formalidades durante um cerimonial, cabe também dizer, que essas normas e preceitos são seculares, portanto o rigor e tempo de preparação para um evento desse porte é imprescindível.

Um beijo no coração, 

Yara Silva 



O cerimônia do anel Papal

O Anel de São Pedro é o selo oficial do Papa, e é diferente para cada pontífice. O anel possui uma imagem gravada de São Pedro pescando e o nome do Papa, e é destruído com o fim de um pontificado – normalmente com a morte do Papa. No dia 28 de fevereiro, quando Bento XVI deixar de ser Papa, ele terá que entregar o anel, que será destruído para evitar fraudes durante o período de Sé Vacante. Um novo anel é forjado com o mesmo ouro, contendo a imagem de São Pedro e o nome do Papa em latim.

Fonte: G1

Como se elege um novo papa




Fonte: G1

Bento XVI realiza nesta quarta-feira última audiência pública como Papa

Evento deve levar cerca de 200 mil fiéis à Praça de São Pedro.Último dia de Bento XVI no posto será quinta-feira (28).


O Papa Bento XVI fará nesta quarta-feira (27) a última audiência pública de seu pontificado. Na quinta-feira (28), ele deixará o posto e passará a ser chamado de "Papa Emérito".

Para o evento, o Vaticano espera 200 mil pessoas na Praça de São Pedro. A Audiência Geral deve começar por volta das 6h30 (horário de Brasília). O Papa fará um passeio com o papamóvel e, em seguida, vai falar aos fiéis.

Quinta-feira, último dia
Na manhã seguinte, no Palácio Papal, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, fará um pequeno discurso de despedida, e então cada cardeal poderá separadamente se despedir do pontífice.

Durante a tarde, no Tribunal de Saint-Damase, no coração do pequeno Estado, a Guarda Suíça carregará suas bandeiras em saudação.

Em seguida, por volta das 13h (horário de Brasília), Bento XVI irá para o heliporto do Vaticano para viajar a Castel Gandolfo, 25 quilômetros ao sul de Roma, a residência de verão do Papa, onde passará dois meses, antes de se estabelecer em um mosteiro no Monte do Vaticano.

Bento XVI chegará à residência de verão e saudará os fiéis a partir da varanda. Esta será sua última aparição como chefe da Igreja. Nada de especial está previsto quando o relógio badalar oito horas da noite (hora local), momento em que oficialmente termina o pontificado. Ele provavelmente estará em oração na capela neste momento.

Às 20h, o pequeno destacamento da Guarda Suíça, em frente à residência, fechará a porta e colocará assim um fim ao seu serviço, reservado exclusivamente ao Papa. Mas a polícia vai continuar a garantir a segurança de "Sua Santidade, o Papa Emérito".

No Vaticano, a Guarda Suíça continuará a fazer a proteção, apesar do "trono vacante".

Conclave
No dia seguinte à renúncia, o cardeal Angelo Sodano enviará os convites aos cardeais eleitores -- atualmente 115 -- para as "congregações" que precedem o conclave. Essas reuniões, durante as quais os prelados procuram definir o perfil do futuro Papa, não devem começar antes de segunda-feira.

Papa Emérito
Nesta terça (26), o Vaticano anunciou que Bento XVI vai manter o nome e o título honorífico de "Sua Santidade" após a renúncia. Ele será chamado de "Papa Emérito" ou "Pontífice Romano Emérito".O anel papal vai ser destruído, de acordo com a tradição do Vaticano, segundo o porta-voz.

Bento XVI passará a trajar a "batina branca papal clássica", sem mantelete, segundo o padre Federico Lombardi. Ele também não deve mais usar sapatos vermelhos.

O porta-voz afirmou que Bento 16 tinha tomado as decisões sobre seus títulos após consulta com as autoridades do Vaticano.

O Papa alemão, de 85 anos, disse que vai renunciar por conta de sua frágil saúde. O anúncio, surpreendente, foi feito em 11 de fevereiro. Joseph Ratzinger será o primeiro pontífice a renunciar em mais de seis séculos, o que cria situações praticamente inéditas para a Igreja Católica Apostólica Romana.

Fonte: G1 São Paulo

Após renúncia, Bento XVI receberá título de Papa Emérito

Como um Papa jamais deixa de ser Papa, Josef Ratzinger continuará sendo chamado de Sua Santidade Bento XVI, mas não terá autoridade.


Na terça-feira (26), o Vaticano esclareceu algumas dúvidas que surgiram depois da renúncia de Bento XVI.
Um Papa jamais deixa de ser Papa. A partir dessa premissa sagrada, a Igreja Católica definiu que Josef Ratzinger vai continuar sendo chamado de Sua Santidade Bento XVI. Receberá o título de Papa Emérito. Só não terá mais autoridade, o que será simbolizado pela destruição do anel do Pescador.

Depois da renúncia, Bento XVI vai continuar vestindo a batina branca, mas sem o manto vermelho por cima. Ele também vai aposentar os sapatos vermelhos e deve usar calçados marrons, que ganhou na última visita ao México.

Na terça, ele passou o dia organizando os documentos pessoais que vai levar para sua nova casa. Os papéis oficiais serão arquivados no Vaticano. A Santa Sé também informou que a partir de segunda feira, dia 4 de março, os cardeais vão definir a data do conclave.

No coração do Vaticano, desde terça, a expectativa enchia a Praça de São Pedro - o local da grande despedida do Papa. Apesar do frio, muita gente abriu mão do conforto de uma boa cama e foi ainda de madrugada à praça em busca da melhor posição para participar da última audiência pública de Bento XVI. Os fiéis se despedem de Josef Ratzinger, que nesta quinta-feira (28) deixa o cargo mais importante da Igreja Católica e entra definitivamente para a história.

Gente que veio de longe, muito longe, como freiras bolivianas. “Decidimos virar a noite aqui na praça só para ver o Papa de pertinho pela última vez. Vale a pena, sim. Por tudo o que Bento XVI representa para nós”, afirma a freira.

Demonstrações de fé e carinho testemunhadas por uma imensa lua, que iluminou a Praça de São Pedro durante toda a noite passada.

Fonte: Bom dia Brasil

Cerimonialista enfrenta o desafio de realizar solenidade oficial para indígenas

Na quarta feira (20), o professor e cerimonialista Marcilio Reinaux estará em Roraíma, a convite da Universidade Estadual, para ministrar um treinamento especial para cerimonialistas nativas de uma das tribos Macuxis. E no sábado (23), com a assessoria dessas cerimonialistas, ele será o responsável pelo cerimonial da primeira Aula Magna de uma universidade brasileira em reserva indígena (a Reserva Raposa Serra do Sol).

A cerimônia - que deverá ser traduzida simultaneamente para a língua Macuxi - é um desafio diferente para Marcílio Reinaux. “Será uma nova experiência na minha jornada de cerimonialista, fazer cerimonial com interprete”, diz. Ele ainda destaca a relevância deste acontecimento no contexto social do país. “Vou tentar fazer o melhor, pois o evento será documentado e transmitido pela TV devido ao seu ineditismo e o avanço da cultura e do cerimonial para povos mais distantes”, afirma.

Fonte: CNCP

Entenda o Conclave

<> PERÍODO PREPARATÓRIO DO CONCLAVE <>

Com a morte ou renúncia de um Papa, inicia no Vaticano o período denominado “Sede Vacante”, quando o governo da Igreja fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, que pode se reunir em dois tipos de reuniões: Congregações Gerais (ou preparatórias) e Congregações Particulares. Nas Congregações Gerais são decididos os assuntos de maior importância referentes à preparação do Conclave, e devem ser celebradas diariamente. Os assuntos são decididos por maioria simples de votos. Já a Congregação Particular é formada pelo Cardeal Camarlengo e outros três Cardeais escolhidos por sorteio, chamados Assistentes. Nela são decididos os assuntos de trâmites e de menor importância. Os Cardeais, porém, não possuem nenhum poder ou jurisdição sobre assuntos de maior relevância, ou seja, aqueles cuja decisão exclusiva deva ser tomada pelo futuro Santo Padre. Tratam apenas dos assuntos considerados inadiáveis, que vão desde o funeral até a preparação de rituais para a eleição do novo Pontífice, conseqüentemente os detalhes e preparativos da eleição do sucessor. Este período é regido pelo princípio “nihil innovetur”, que significa “que não se inove nada”. 

Os Cardeais, conforme prescrições do então Papa João Paulo II, devem seguir estritamente todo o conteúdo da nova Constituição Apostólica, que deverá ser lida e cumprida fielmente sob juramento:

“Nas primeiras Congregações gerais, proveja-se a que cada um dos Cardeais tenha à sua disposição uma cópia desta Constituição e, ao mesmo tempo, seja-lhes dada a possibilidade de propor eventualmente questões acerca do significado e da execução das normas estabelecidas na mesma. Além disso, convém que seja lida a parte da presente Constituição que se refere à vacância da Sé Apostólica. Entretanto, todos os Cardeais presentes deverão prestar juramento sobre a observância das prescrições que nela se contêm e sobre a guarda do segredo. Tal juramento, que deverá ser feito mesmo pelos Cardeais que, por terem chegado atrasados, só num segundo momento participam nestas Congregações, seja lido pelo Cardeal Decano ou, eventualmente, por outro presidente do Colégio, de acordo com a norma estabelecida no nº 9 desta Constituição, na presença dos outros Cardeais, segundo a fórmula seguinte:

Nós, Cardeais da Santa Igreja Romana, da Ordem dos Bispos, dos Presbíteros e dos Diáconos, prometemos, obrigamo-nos e juramos, todos e cada um, observar exata e fielmente todas as normas contidas na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis do Sumo Pontífice João Paulo II, e guardar escrupulosamente o segredo sobre tudo aquilo que, de qualquer modo, se relacione com a eleição do Romano Pontífice, ou que, por sua natureza, durante a vacância da Sé Apostólica, postule o mesmo segredo.

Em seguida, cada um dos Cardeais dirá: E eu, N. Cardeal N., prometo, obrigo-me e juro. E, colocando a mão sobre o Evangelho, acrescentará: Assim Deus me ajude e estes Santos Evangelhos, que toco com a minha mão.” (Universi Dominici Gregis) 

<> CONCLAVE – Definição e generalidades <>

Conclave, significa “com chave”, do latim “cum clave”, permanecendo inalterado há oito séculos. Foi o Papa Gregório X quem instituiu as suas regras, que formam a base de todos os conclaves até os dias atuais. Os rituais tem início de 15 a 20 dias após a morte do Papa. É o tempo em que os Cardeais permanecem reclusos e não podem manter contato uns com os outros, nem fazer alianças ou conjecturas sobre eventual sucessor, sob pena de excomunhão. O local de reclusão dos Cardeais, antigamente, era no Palácio Apostólico. Mas por tornar-se pequeno e desconfortável, o Papa João Paulo II determinou a construção do prédio Santa Marta, anexo ao Vaticano, a qual pessoalmente inspecionou após a conclusão das obras.

“No momento fixado para o início das operações da eleição do Sumo Pontífice, todos os Cardeais eleitores deverão ter recebido e ocupado condigno alojamento na designada Domus Sanctae Marthae, recentemente construída na Cidade do Vaticano.”

O Conclave é considerado não um mero lugar de reunião dos Cardeais com direito a voto, mas sim um local onde os Cardeais invocam o Espírito Santo para proceder à eleição do Romano Pontífice. Não existem Cardeais mais ou menos cotados, nem favoritos para assumir o posto pontifício. Todos são candidatos, pois quem decide mesmo a eleição é Deus, pela luz do Espírito Santo, através dos servos da Igreja. Por isto, o período de reclusão é, na verdade, um retiro espiritual, onde o Espírito Santo é invocado para iluminar e guiar cada Cardeal na eleição do sucessor. 

<> REUNIÃO DOS CARDEAIS PARA A ELEIÇÃO <> 

Terminado o prazo de reclusão, os Cardeais celebram uma Missa na Capela Sistina, onde levam, no máximo, dois assistentes cada. Ao fim da Missa, os assistentes saem, permanecendo a Capela fechada. Os Cardeais, então reunidos, procedem ao voto secreto e não podem, em momento algum, revelarem tendências ou circunstâncias eleitorais, sob pena de excomunhão. Qualquer pessoa batizada e do sexo masculino, poderá ser eleita. 

Segundo as novas constituições prescritas pelo Papa João Paulo II, para que o novo Pontífice seja eleito, são necessários dois terços dos votos dos Cardeais de menos de 80 anos. (Antigamente, bastava a maioria absoluta, ou seja, 50% e mais um). Durante a votação, os Cardeais preenchem o voto num papel e os depositam junto ao altar, sendo porém, o voto secreto, sem assinatura. Em seguida, os votos depositados do altar, são colocados numa urna. Ao fim de cada contagem, as cédulas são queimadas, momento em que são usados dois tipos de substâncias químicas, uma para provocar a fumaça negra e outra para fumaça branca, que irá sair pela chaminé, vista pelos fiéis na Praça de São Pedro. A fumaça preta, indica que não foi escolhido um nome, enquanto a branca confirma a eleição do Papa. O método segue normas rigorosíssimas, não podendo pairar qualquer dúvida neste momento, sob pena de tornar-se nula a votação. Conforme reza a nova constituição, "No caso de empate de votos, será designado aquele que pertencer à ordem mais elevada, ou, dentro da mesma ordem, aquele que primeiro tiver sido criado Cardeal." 

Os Eleitores

"O direito de eleger o Romano Pontífice compete unicamente aos Cardeais da Santa Igreja Romana, à exceção daqueles que tiverem completado, antes do dia da morte do Sumo Pontífice ou do dia em que a Sé Apostólica fique vacante, oitenta anos de idade. O número máximo de Cardeais eleitores não deve superar cento e vinte. É absolutamente excluído o direito de eleição ativa por parte de qualquer outra dignidade eclesiástica ou poder leigo de qualquer grau ou ordem."

Início dos atos da eleição

Após prescritos todos os ritos cerimoniais, e obedecido o de luto, será estabelecido uma data entre 15 e 20 dias após a morte do Papa para o início da primeira eleição, os cardeais dirigir-se-ão para a Capela Sistina do Palácio Apostólico, lugar e sede da sua realização. Pela renúncia do Papa Bento XVI, está previsto o início para o dia 15 de março o início das atividades do Conclave. 

Da apuração dos votos

“Depois de todos os Cardeais terem deposto a própria ficha de voto na urna, o primeiro Escrutinador agita-a diversas vezes para misturar as fichas e, imediatamente a seguir, o último Escrutinador procede à contagem das mesmas, tirando da urna, de forma visível, uma de cada vez e colocando-a num outro recipiente vazio, já preparado para tal fim. Se porventura o número das fichas não corresponder ao número dos eleitores, é preciso queimá-las todas e proceder imediatamente a uma segunda votação. (Universi Dominici Gregis)

"...prescrevo que - à exceção da tarde da entrada em Conclave -, tanto na parte da manhã como na parte da tarde, imediatamente depois de uma votação na qual não se tenha obtido a eleição, os Cardeais eleitores procedam logo a uma segunda, em que exprimam de novo o seu voto. Neste segundo escrutínio, devem ser observadas todas as formalidades do primeiro, com a diferença de que os eleitores não são obrigados a prestar um novo juramento, nem a eleger novos Escrutinadores, Infirmarii e Revisores, valendo para esse fim, também no segundo escrutínio, aquilo que foi feito no primeiro, sem repetição alguma.

"Tudo isto que acaba de ser estabelecido acerca da realização das votações, deve ser diligentemente observado pelos Cardeais eleitores em todos os escrutínios, que devem realizar-se todos os dias, na parte da manhã e na parte da tarde, após a celebração das sagradas funções ou preces que se acham indicadas no mencionado Ordo rituum Conclavis.

"Caso os Cardeais eleitores tivessem dificuldade em pôr-se de acordo quanto à pessoa a eleger, então, realizados sem êxito durante três dias os escrutínios, segundo a forma descrita nos nnº 62 e seguintes, aqueles serão suspensos durante um dia, no máximo, para uma pausa de oração, de livre colóquio entre os votantes e de uma breve exortação espiritual, feita pelo primeiro dos Cardeais da ordem dos Diáconos. Em seguida, recomeçam as votações segundo a mesma forma, e se, após sete escrutínios, ainda não se verificar a eleição, faz-se outra pausa de oração, de colóquio e de exortação, feita pelo primeiro dos Cardeais da ordem dos Presbíteros. Procede-se, depois, a uma outra eventual série de sete escrutínios, seguida - se ainda não se tiver obtido o resultado esperado -, de uma nova pausa de oração, de colóquio e de exortação, feita pelo primeiro dos Cardeais da ordem dos Bispos. Em seguida, recomeçam as votações segundo a mesma forma, as quais, se não for conseguida a eleição, serão sete.

"Se as votações não tiverem êxito, mesmo depois de ter procedido como estipulado no número precedente, os Cardeais eleitores serão convidados pelo Camerlengo a darem a sua opinião sobre o modo de proceder, e proceder-se-á segundo aquilo que a maioria absoluta deles tiver estabelecido.

"Todavia não se poderá renunciar à exigência de haver uma válida eleição, ou com a maioria absoluta dos sufrágios ou votando somente os dois nomes que, no escrutínio imediatamente anterior, obtiveram a maior parte dos votos, exigindo-se, também nesta segunda hipótese, somente a maioria absoluta." (Universi Dominici Gregis)

<> PROCLAMAÇÃO DO NOVO PAPA E INÍCIO DO MINISTÉRIO <>

Eleito o Papa, o decano cardinalício lhe indaga se aceita a nomeação. E em caso positivo, é perguntado o nome que adotará no exercício de seu pontificado. Em seguida, o cardeal mais idoso anunciará publicamente: “Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus Papa” – “Anuncio-vos com grande alegria. Temos Papa”. Neste momento os sinos da Basílica de São Pedro começam a dobrar, sucedidos pelos sinos das igrejas em todo o mundo. Em procissão até a janela da Basílica de São Pedro, o Papa aparece e é revelado publicamente, quando procede a sua primeira bênção apostólica (Urbi et Orbi)" 

Depois da aceitação, o novo Bispo adquire poder pleno e absoluto sobre a Igreja. Se, porventura, o eleito se não estiver investido de dignidade episcopal, será ordenado Bispo e, só depois disso é que será apresentado e aclamado publicamente, quando então exercerá suas funções com plenos poderes: 

“Depois da aceitação, o eleito que tenha já recebido a Ordenação episcopal, é imediatamente o Bispo da Igreja de Roma, verdadeiro Papa e Cabeça do Colégio Episcopal; e adquire efetivamente o poder pleno e absoluto sobre a Igreja universal, e pode exercê-lo.”

“Se, pelo contrário, o eleito não possuir o caráter episcopal, seja imediatamente ordenado Bispo.”

“Se o eleito ainda não possuir o caráter episcopal, só depois de ter sido solenemente ordenado Bispo é que lhe será prestada a homenagem e será feito o anúncio ao povo.”

Fonte: Página Oriente

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Aline, do 'BBB', tem aula de etiqueta: 'Tenho que treinar muito'

Após ser mal interpretada e sair com fama de barraqueira do reality show, a carioca agora só quer saber de mudar sua forma de falar e gesticular.


Nunca é tarde para aprender. Os 77% dos votos que recebeu do público para deixar a casa do "BBB " na primeira semana, fizeram com que Aline Mattos, aos 31 anos, repensasse sua maneira de agir diante de diferentes situações. Ela chegou a ser comparada com a personagem Penha, de Taís Araújo, em "Cheias de Charme", pela forma como se comunica, mas não gosta nadinha dessa associação. "Ficava com raiva quando diziam isso. Eu não pareço nem um pouco com a Penha", declara.

Como Aline já havia sinalizado a vontade de mudar seu jeito, o EGO resolveu levá-la para uma aula de etiqueta com a consultora Fatima Ziegler, no Rio de Janeiro. Após alguns minutos de conversa com a professora, a ex-BBB comemorou: "Fiquei muito feliz porque ela falou que eu tenho jeito. Algumas pessoas me disseram para eu não mudar. Como não mudar? É muito bom aprender a ser educado e eu quero ser diferente".

Além da aula prática de apresentação, Fátima pontuou algumas mudanças que devem ser trabalhadas no comportamento de Aline: melhorar o tom da voz, aprender a falar sem cutucar, sorrir sem gargalhar, ouvir mais e falar menos e ser mais paciente diante de situações complicadas. Nada fácil para apenas um dia de aula, mas Aline mostrou que quer mesmo ser uma pessoa mais fina e elegante no dia a dia.

"Ser favelado não significa onde você mora, favelado é o jeito que a pessoa é. As pessoas dizem que sou engraçada por ser assim. Eu não gosto de ser engraçada. Não gosto que as pessoas riam de mim pelas coisas erradas que falo. Eu gosto de ser autêntica. Tem como eu ser autêntica sem ser engraçada, professora?", questiona logo no início da aula.
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Nascida em Padre Miguel, Aline não pensa em frequentar novos lugares após se tornar uma mulher fina: "Eu posso ser chique e continuar indo ao meu forró, né? Também não vou sair de Paciência (bairro onde mora). Pelo que entendi na aula de etiqueta, posso continuar frequentando os mesmos lugares de antes, só que devo ter uma boa postura em qualquer situação. Não preciso me adaptar aos ambientes".

Seu jeito explosivo e "sem filtro" vai ter que ser bastante trabalhado em sua nova fase mais requintada. "A professora me falou para eu pensar antes de falar qualquer coisa e que nem sempre vou poder falar a verdade da forma como eu falava. Eu não sou brigona, mas sou uma pessoa que se irrita muito fácil. Vou precisar me controlar bastante", comenta.

Ao final da aula, Aline já demonstrava grande satisfação: "Aprendi que não posso cutucar as pessoas, nem gesticular demais. Também não posso sair beijando todo mundo porque é falta de educação, tenho que esperar as pessoas falarem comigo. Aprendi que não vale a pena bater boca e que também devo usar "com licença" para sair de algum lugar, ou quando eu quiser falar na hora que outras pessoas estiverem falando. Vou sair uma pessoa melhor daqui. Eu achei que essa aula de etiqueta fosse uma faculdade, que eu iria demorar um tempão para aprender. O que vou ter que treinar mais é falar baixo e parar de debochar dos outros. Mas vi que se eu me esforçar, eu consigo. Passei de ridícula na TV, agora quero melhorar. Muita gente achou que eu era forçada e fazia um personagem, mas esse é o meu jeito mesmo".
A ex-BBB também aprende como se deve carregar
uma bolsa (Foto: Marcos Serra Lima/EGO)

Como toda boa aluna, Aline recebeu elogios da professora. "O 'BBB' é laboratório para meu trabalho. São seres humanos que devem ser trabalhados em muitas situações. A imagem que a Aline passou não foi a da Aline que conheci hoje, uma pessoa doce, bonita demais e elegante. Ela não me deu nenhum trabalho, foi um prazer. Ela aprendeu rapidamente que não se deve cutucar as pessoas porque ninguém gosta disso. Também mudou seu tom de voz hoje mesmo. Aline tem o desejo de fazer diferente e a vontade de aprender é tudo. Meu maior prazer foi ver a modificação rápida dela e a vontade de mudar", avalia.

Apesar do bom desempenho, Aline vai precisar de novas aulas: "Eu já tinha avaliado a participação dela no programa e sabia todos os pontos que deveriam ser trabalhados. Nessa aula, percebi uma certa dificuldade na colocação do português e das palavras nas frases, mas sei que ela vai aprender porque tem força de vontade. Se continuar as aulas, terá que trabalhar também a etiqueta à mesa. Isso é fundamental. E reforçar novamente pontos como comportamento, atitude, linguagem verbal e corporal", explica Fátima.

Por conta do trabalho, Aline teve que abandonar os estudos e parou no 1° ano do segundo grau. "Parei de estudar várias vezes para poder trabalhar. Se na minha época tivesse Bolsa Estudo, Bolsa Família, Bolsa sei lá o que, eu não teria parado", afirma.
Tenho que aproveitar. É como diz meu tio: daqui a pouco passa uma vaca, solta um peido e acabou a história"
Aline

Na crista da onda, ela garante que não quer aparecer a qualquer custo: "Eu não sou famosa, eu sou conhecida. Famoso é o Jô Soares. Eu sou pé no chão. Vou continuar trabalhando como recepcionista de eventos, vou tentar coisas novas também. Se for para trabalhar na TV, programa de humor eu não quero. Não sou comediante. Vão ficar rindo das coisas erradas que eu falar. Mas essa aula de etiqueta vai me ajudar muito. Tenho que aproveitar. É como diz meu tio: daqui a pouco passa uma vaca, solta um peido e acabou a história".

E pelo visto, 2013 tem tudo para ser o ano de Aline. Após sua participação no reality show, ela pretende casar com o noivo, Jeferson, com que namora há nove anos. "Vou casar esse ano com certeza! Nós estamos construindo nossa casa em Paciência. Eu pago a parte do material e o Jeferson, a parte do pedreiro. Mas acaba que eu que tenho que negociar tudo porque ele não gosta de pechinchar e eu pechincho tudo. Gente rica pechincha, por que eu não posso?", diverte-se.
"Essa mudança vai ser para a minha vida. Se eu não tivesse 
vontade de mudar, não mudaria. Pronto e acabou", diz Aline

Recife vai fiscalizar clubes e casas noturnas

Diante da tragédia ocorrida na madrugada do domingo (27) na boate Kiss, em Santa Maria (RS), a Prefeitura do Recife criou dois grupos de trabalho para vistoriar e fiscalizar clubes e casas noturnas da cidade.

O primeiro, de atuação imediata, se concentrará na fiscalização da estrutura do carnaval, a exemplo de camarotes e clubes onde há festas já programadas. O segundo, mais amplo, com a participação do Ministério Público, Câmara Municipal e Conselho Regional de Engenharia (Crea), irá estudar a legislação vigente e, se for o caso, apresentar propostas ao prefeito até o final de fevereiro.

O único incêndio registrado em casa noturna do Recife ocorreu em janeiro de 2010, na casa de shows 100% Brasil, na Rua do Riachuelo, no centro da cidade. Não houve vítimas, mas foi registrado tumulto e cerca de 15 pessoas chegaram a ser hospitalizadas porque inalaram fumaça. (AE)

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul