quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A importância do Cerimonial na renúncia do Papa



Como simples expectadora, acompanhando as notícias na mídia sobre a renúncia do Papa, observo uma nuvem de fumaça por trás da decisão do Santo Padre, mas também vejo a coragem de um homem em fazer a história acontecer. Por motivos concretos ou não, alguns sendo revelados entrelinhas, o seu caráter e posicionamento irão repercutir por muitos e muitos anos nos fatos históricos da Igreja Católica. Uma decisão rara, após 600 anos, mas prevista no Código de Direito Canônico, no artigo 332.2 e que já teve seus precursores, como a história mesmo relata a decisão do último pontífice Celestino V que renunciou por vontade própria, em 1294, após cinco meses de pontificado. Gregório XII abdicou a contragosto em 1415 para encerrar uma disputa com um candidato rival à Santa Sé. Outros papas que renunciaram são Ponciano, em 235; Silvério, em 537; João XVIII, em 1009; e Bento IX, em 1045. Como cerimonialista assisto o fato acontecer e um dos cerimoniais mais rigorosos e trabalhosos, devido a influência da Igreja Católica na história, está sendo organizado, nos mostrando a importância das regras e formalidades durante um cerimonial, cabe também dizer, que essas normas e preceitos são seculares, portanto o rigor e tempo de preparação para um evento desse porte é imprescindível.

Um beijo no coração, 

Yara Silva 



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